Atlético vence CNB1 Sul

A Zona Sul do CNB1 corria o risco de terminar de uma forma pouco interessa nte depois do domínio claro do Atlético no jogo 1, mas a Academia fez questão

de ir à Tapadinha mostrar a qualidade da sua equipa e pôr em causa a superiori dade alcantare nse. E esteve a um passo de conseguir forçar a 3ª partida, ao obrigar a um prolongam ento no jogo 2.

Se dúvidas houvesse sobre a influência da preparação mental das equipas nos resultado s desportiv os, um important e jogo de futebol no mesmo fim-de-semana tê-las-ia tirado por completo.

Assim como uma equipa que perde a confiança em si própria pode desenvolv er uma psicose de desastre que lhe paralisa os movimento s e faz com que os seus receios subconsci entes se tornem realidade, no polo oposto uma equipa que no seu íntimo acredita poder inverter uma situação desfavorável consegue fazer coisas que não pareciam possíveis de realizar.

A Academia que entrou em campo na Tapadinha não deixava de trazer consigo o peso da derrota no 1º encontro mas a determinação com que se atirou ao jogo não deixava margem para dúvidas: o conjunto do Lumiar recusava-se a entregar o campeonat o de mão beijada ao Atlético e o mínimo que aceitava era vender cara a derrota, atitude que até podia ter-lhe valido a vitória no encontro.

A Academia mostrou desde o início uma atitude mais combativa e uma disposição para assumir mais riscos do que no jogo 1. O ressalto ofensivo é uma boa medida da capacidad e de luta de uma equipa de basqueteb ol, e as 7 situações em que no 1º período o conjunto do Lumiar recuperou a posse da bola na tabela ofensiva evidencia ram bem essa atitude. A supremaci a dos ressaltos manteve-se do lado visitante em todo o encontro e proporcio nou à Academia mais 11 situações de lançamento (82 vs. 71), mas tal como já tinha acontecid o na semana anterior foi o Atlético que conseguiu a melhor percentag em de lançamentos, tanto nos duplos como nos triplos, e também nos lances livres. Como sabem todos os que já jogaram basqueteb ol, o lançamento é um movimento sem um paralelo evidente em outros desportos, que exige um rigor e uma precisão em que o equilíbrio, o controlo do corpo, o ritmo do movimento e a escolha do momento da execução são determina ntes para a percentag em de sucessos. Ora a observância destas condições exige um estado de espírito de confiança e autocontr olo. Mais do que na maioria dos desportos, a concentração num jogo de basqueteb ol significa que os jogadores têm de ser capazes de adoptar atitudes diferente s e adequadas a cada situação de jogo: impetuosi dade e explosão num momento e logo de seguida serenidad e e controlo. À Academia sobrou da primeira o que lhe faltou da segunda. Do lado do Atlético a situação de vantagem proporcio nava à partida uma atitude mais serena e isso foi patente na selecção e na execução dos lançamentos, acabando por ser decisivo no resultado da partida.

O 1º período foi de ascendent e dos visitante s. Embora nem sempre tenham tirado partido dos segundos lançamentos de que dispusera m, os academist as terminara m os primeiros 10 minutos na frente (15-19). O 2º quarto, tal como no encontro anterior, foi dominado pelo Atlético, embora desta vez por números menos expressiv os (34-29), e o 3º foi o período mais equilibra do (51-45). Desde os primeiros minutos do 2º período até próximo do final do 4º, o Atlético manteve-se na frente sempre por diferenças não superiore s a 7 pontos, mas quando se defrontam duas equipas com argumento s, e determina das no mesmo objectivo, parece que à medida que o encontro se aproxima do fim um íman invisível atrai os números dos dois lados do marcador para a igualdade . A 1 minuto do fim o Atlético mantinha-se na frente por 3 pontos e parecia ter a situação sob controlo, mas a Academia empreende u um último esforço e conseguiu, com duas boas acções defensiva s, provocar uma violação de 24 segundos e um roubo de bola que lhe deu direito ao último ataque. Foi a vez de a equipa da casa cometer um erro, ao fazer falta a 9 segundos do fim sobre um lançamento de 3 pontos. Os 3 lances livres foram convertid os empatando o marcador, e no tempo restante a Academia conseguiu impedir o Atlético de lançar, deixando o resultado no final dos 40 minutos em (61-61). É frequente ver-se uma equipa que lidera o marcador na maior parte do tempo, e que se deixa empatar no final do jogo, entrar em quebra de rendiment o no prolongam ento, mas desta vez não foi isso que aconteceu . À determinação da Academia, que lhe permitiu chegar ao empate no marcador, os veteranos do Atlético responder am com ainda maior determinação nos 5 minutos suplement ares. Foi notório ao longo da época que a equipa de Alcântara se apresento u este ano melhor preparada do que em anos anteriore s, o que só pode resultar de mais e melhor trabalho nos treinos. À beira de colher o fruto do trabalho de uma época a equipa resolveu não o desperdiçar. Na defesa o Atlético opôs-se eficazmen te ao lançamento exterior adversário e da linha de lance livre não vacilou, concretiz ando 13 em 16 tentativa s que comparam com os 5 em 11 da Academia, diferença que foi decisiva para o resultado final (79-73).

O Atlético conquisto u assim o direito desportiv o de subida à Proliga na próxima temporada e irá disputar com o Esgueira, vencedor da Zona Norte, o título de campeão do CNB1.

1 de Junho
Esgueira-Atlético às 17H00 no Pav. Multiusos de Tábua

Via Planeta Basket

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